Povo Balatiponé-umutina

Povo Balatiponé-umutina

Por Marcio Corezomaé

O Povo Indígena Balatiponé-Umutina, habitante do vale dos rios Bugres e Paraguai, municipio de Barra do Bugres/MT, outrora eram denominados de “Barbados” por possuirem barbas e cavanhaques que causavam temor na população vizinha. No final do século XVII e XVIII as frentes de exploração e expansão territorial se intenficaram no estado de Mato Grosso e atingiram em cheio o seu território tradicional o que causou muitos conflitos e epidemias diminuindo a população drasticamente.

Composição de fotos – Teo Miranda

A sua cultura material e imaterial teve muitos prejuizos devido a esse processo. Uma das perdas mais significativas foi o silenciamento linguistico. Até por volta das decadas de 1980, o povo Balatiponé-Umutina era pouco conhecido quando então, começam os primeiros trabalhos de revitalização/ressignificação cultural. Foram longos anos para que a cultura Balatiponé se reerguesse novamente. Um esforço contínuo de toda a comunidade. Em especial dos anciões, lideranças, professores e a juventude.

A beleza da cultura material Umutina está presente nos mais diversos aspectos. Destacam-se os ornamentos feitos com plumagens entre eles os cocares, leques, braceletes. Os colares, os masculinos são confeccionados de dentes de animais como: onça, queixada, cateto, jacaré. Os colares das mulheres geralmente sao feitos com sementes e pequenos dentes de animais. As pinturas corporais masculinas e femininas diferenciam entre si e marcam as fases da vida. Elas simbolizam os animais e peixes que tem grande significado para o povo.

Edgar Corezomaé

São fabricados diversos utensílios como o arco e flecha, tacape-espada. Os trançados são inúmeros e de diversos tamanhos cada um tem uma finalidade e pode ser feito de diferentes matérias-primas colhidas na natureza: tabocas, palmeiras, cipós.

Verifica-se entre o povo que há duas modalidades de arte material: uma que é de uso pessoal e ritual e portanto, ligados a espiritualidade da etnia. Uma outra modalidade é a arte mais comercial onde o artesão tem a liberdade de criar e fazer mudanças. Entre essas duas modalidades geralmente há especialistas homens e mulheres.

Biojóias coleção Carminda Monzilar

A fabricação e o comércio de artesanato tornou-se na atualidade uma das pricipais fontes de renda das famílias e isso, consequentemente exige a procura de novas alternativas de divulgação e venda das peças Balatiponé-Umutina.

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